A Operação Contragolpe e o Punhal Verde e Amarelo
Era uma terça-feira abafada, dessas que o sol teima em castigar desde cedo. No país das meias palavras e das conspirações sussurradas, a Polícia Federal resolveu agir. Foi o desfecho de meses de investigações, e a “Operação Contragolpe” não veio com rodeios: cinco presos. Cinco nomes com currículos de peso e planos de chumbo.
No centro de tudo, um plano batizado de Punhal Verde e Amarelo. Não era só um nome de impacto. Era um esquema para cortar no cerne da democracia brasileira: execuções planejadas de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. O objetivo? Impedir a posse e virar a mesa do jogo político com sangue nas mãos e farda no peito.
O Círculo dos Cinco
Entre os detidos, Hélio Ferreira Lima, o especialista em missões sigilosas. Ex-chefe da 3ª Companhia de Forças Especiais em Manaus, ele comandava homens conhecidos como kids pretos. Treinados para missões de alto risco, o grupo carrega fama e sigilo, mas agora tinha seu líder exposto ao público – um estrategista do golpe.
Mário Fernandes, um general reformado e velho conhecido dos corredores do poder, também fazia parte do grupo. Passou por cargos importantes no governo Bolsonaro, mas acabou no olho do furacão. Fernandes não apenas sabia do plano: ele o arquitetou em detalhes.
Rafael Martins de Oliveira, major das Forças Especiais, era a peça logística. Enquanto outros desenhavam os golpes no mapa, Rafael estava nas planilhas. Calculava custos, acertava hospedagens, mobilizava dinheiro para levar manifestantes a Brasília. Era o faz-tudo do levante.
Rodrigo Bezerra de Azevedo trazia à mesa seu arsenal acadêmico e tático. Doutorando em Ciências Militares, com experiência internacional e domínio em operações de guerra não convencional, Rodrigo era o cérebro estratégico. Ele sabia o que fazer, onde atacar e como deixar um rastro mínimo.
Por fim, Wladimir Matos Soares, o infiltrado. Policial federal, Wladimir era o elo entre o Estado e a conspiração. Representava o braço da lei atuando na sombra para apagar as luzes do sistema democrático.
O Plano e a Ação
Os detalhes do Punhal Verde e Amarelo eram frios, quase clínicos. A data? 15 de dezembro de 2022. O alvo? O país inteiro. Execuções, manipulação de narrativas, controle de mídias. Até a logística de quem iria para onde já estava planejada.
Na manhã da operação, não houve troca de tiros ou perseguições cinematográficas. Mas as sirenes carregavam um peso diferente. Não era só mais uma prisão. Era a ruptura de um sonho autoritário que, por pouco, não virou pesadelo nacional.
Como diria Gil Gomes, com sua voz marcante:
“No palco escuro da democracia, os atores se revelaram vilões. Mas o espetáculo foi interrompido a tempo. E agora, com o peso da lei, os bastidores da conspiração vêm à tona.”