Fernando Haddad e o Renascimento da Economia Brasileira
Em janeiro de 2023, o Brasil se viu diante de um cenário econômico desolador. A herança deixada pelo governo Bolsonaro era um país com crescimento pífio, inflação elevada e um rombo fiscal de R$ 800 bilhões em quatro anos. Entre 2015 e 2022, a economia patinava, com uma taxa média de crescimento do PIB de apenas 0,4%. O desemprego batia recordes e a pobreza, como uma sombra constante, continuava a se expandir. Com o governo Lula assumindo, um dos maiores desafios era reconquistar a confiança da economia e iniciar uma recuperação sólida e duradoura.
No entanto, sob a liderança de Fernando Haddad, o Ministério da Fazenda não só conseguiu estabilizar as finanças públicas, como também começou a colocar o Brasil de volta nos trilhos do crescimento. Haddad, com sua experiência acadêmica e habilidade técnica, foi o nome certo para enfrentar a tempestade econômica. E ele não decepcionou. O ano de 2024 se revela como um ponto de inflexão, onde o Brasil começa a ver o reflexo das decisões tomadas no primeiro ano de governo.
De um Rombo Fiscal para o Superávit Fiscal: A Arte da Recuperação
O diagnóstico inicial não poderia ser mais preocupante. O rombo fiscal deixado pelo governo anterior era enorme, mas Haddad, com sua experiência em gestão pública, não se abateu. Com a administração da dívida pública e a reorganização das contas, ele conseguiu entregar, para o ano de 2024, um déficit primário estimado de R$ 55,4 bilhões — um valor consideravelmente menor do que se imaginava, especialmente considerando as despesas obrigatórias criadas pelo Congresso, como o PERSE (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) e a Desoneração da Folha de Pagamento.
O grande feito de Haddad, no entanto, está em um detalhe crucial: se considerar os R$ 20 bilhões de recursos empossados, o Brasil estaria a um passo de atingir o superávit fiscal já em 2024. Esse movimento foi um exercício de equilíbrio, onde a recuperação da credibilidade fiscal foi atingida sem sacrificar os investimentos necessários para retomar o crescimento.
Inflação Sob Controle: O Brasil Redescobre a Estabilidade Econômica
Outro feito importante de Haddad foi o controle da inflação. Em um cenário mundial onde a alta de preços parecia ser a nova normalidade, o governo brasileiro conseguiu entregar uma inflação de 4,71% no acumulado de 2024, bem abaixo das expectativas do mercado, que apontavam para uma inflação de 4,82%. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de dezembro teve uma variação de apenas 0,34%, o que foi uma surpresa positiva, considerando a pressão de preços em setores chave da economia. Haddad e sua equipe conseguiram restaurar a confiança do mercado e segurar a pressão inflacionária, ao mesmo tempo em que mantiveram o crescimento da economia.
Reformas Estruturais: O Caminho para o Crescimento de Longo Prazo
Mas os números de 2024 não são apenas o reflexo de uma gestão de curto prazo. O governo de Lula, com Haddad à frente da Fazenda, tem se preocupado com o crescimento de longo prazo. Para isso, uma série de reformas estruturais foi aprovada, com foco em indústria, inovação e sustentabilidade. Programas como o Mercado de Carbono, a Lei do Hidrogênio de Baixo Carbono, o Plano Mais Produção, o Regime Especial da Indústria Química (REIq) e o Programa Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) são parte de um movimento que visa fortalecer a indústria brasileira, modernizar a economia e gerar emprego de qualidade, sem abrir mão da sustentabilidade.
Essas reformas não apenas ajudam a diversificar a economia, mas também atraem investimentos internacionais, posicionando o Brasil como um líder em energia verde e tecnologia de ponta. Com o lançamento do Plano Brasil Semicondutores, por exemplo, o país dá um passo importante rumo à autossuficiência tecnológica, enquanto o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel visa consolidar o Brasil como um líder na produção de biocombustíveis.
O Retorno da Indústria e da Confiança no Mercado
Outro dado importante que reflete a recuperação econômica são os indicadores industriais. O Brasil, que durante anos viu sua indústria desidratada, já começa a dar sinais de recuperação. O crescimento da produção industrial está acontecendo, com destaque para setores estratégicos, como o de máquinas e equipamentos, que registraram um crescimento de 8,3% em 2024. O setor automotivo também bateu recordes de produção e vendas, com crescimento de 15% no ano.
Com o foco na indústria inovadora, verde e exportadora, o governo de Lula e Haddad tem mostrado que o país não só pode, como deve, ser competitivo no cenário global. A Nova Indústria Brasil (NIB) e programas como o Mover, que incentivam a mobilidade verde e a inovação no setor automotivo, são exemplos claros de como o Brasil pode se reposicionar de forma sustentável e competitiva.
A Trajetória de Reconstrução da Economia Brasileira
O Brasil de 2024 já não é o mesmo de 2022. Com Fernando Haddad à frente da Fazenda, o país mostrou que é possível não apenas reconstruir a economia após uma gestão desastrosa, mas também projetar um futuro de crescimento sustentável e inclusivo. A combinação de medidas fiscais responsáveis, controle da inflação e reformas estruturais tem colocado o Brasil no caminho da estabilidade econômica, enquanto impulsiona setores-chave como indústria, tecnologia e sustentabilidade.
O trabalho de Haddad está longe de ser concluído, mas ele já deixou claro que o Brasil tem condições de se recuperar, crescer e prosperar. Em meio a crises, dificuldades e desafios, o país agora respira com mais confiança. E, se o desempenho econômico de 2024 for um indicativo do futuro, a trajetória de recuperação do Brasil está apenas começando.