O Menino e a Terra Redonda

Era uma manhã ensolarada, e a turma da professora Rita estava sentada em círculo no jardim da escola. Eles haviam acabado de estudar os planetas e o sistema solar, e agora estavam explorando a forma da Terra. As crianças estavam encantadas com as histórias de viagens espaciais e descobertas científicas, quando, de repente, o Pedro, um menino de olhos curiosos e sempre cheio de perguntas, levantou a mão.

— Professora, se a Terra é redonda, como é que a gente não cai? — perguntou ele, com uma expressão séria no rosto.

A professora Rita sorriu, sabendo que aquela era uma pergunta que surgia com frequência nas crianças e que exigia uma resposta cuidadosa e didática. Ela ajustou os óculos, pensou um pouco e começou a explicar, com calma, para que todos pudessem entender.

— Sabe, Pedro, essa é uma dúvida muito comum, e é uma ótima pergunta. Vamos imaginar a Terra como uma bola gigante, como aquelas bolas que a gente joga no parque. Ela está girando o tempo todo, e, por causa dessa rotação, tudo o que está na superfície dela, como nós, a água e os animais, também se move junto com ela.

Pedro e seus colegas ouviram atentamente, mas ele ainda parecia um pouco confuso.

— Mas, professora, se ela é redonda e gira, por que a gente não cai lá de baixo, lá na parte de baixo da Terra, tipo, de cabeça para baixo? — perguntou ele, virando a cabeça para tentar entender como as coisas funcionavam.

A professora Rita riu suavemente e decidiu usar um exemplo que poderia ser mais fácil de entender para a turma.

— Imagina que você está em um carrossel. Quando ele começa a girar bem rápido, você sente uma força te empurrando para os lados, não é? Essa força é chamada de “força centrífuga”, e ela tenta empurrar você para fora. Agora, pensa que a Terra está fazendo algo parecido, mas de uma forma muito mais forte e constante. A Terra gira tão rapidamente e de forma tão constante que a força que ela gera acaba segurando tudo com firmeza, inclusive nós!

Ela fez uma pausa e observou as carinhas das crianças, que estavam atentas. Então, ela completou:

— Mas tem outra coisa importante, Pedro. A Terra não deixa a gente cair porque existe uma força invisível chamada “gravidade”. A gravidade é o que mantém tudo colado à Terra, inclusive nós. Ela é como um abraço muito forte da Terra que não nos deixa escapar, não importa onde estamos. Mesmo se você estiver em “baixo”, lá no outro lado do planeta, a gravidade ainda vai te puxar para o centro da Terra, e você vai continuar firme no chão.

Pedro olhou para seus amigos e, com um sorriso, perguntou:

— Então, a gente nunca vai cair, mesmo que a Terra seja redonda?

— Isso mesmo, Pedro! A Terra tem uma força poderosa que nos segura, não importa onde estamos. Ela é como um grande abraço da natureza, e é por isso que, mesmo vivendo em um planeta redondo, nós não caímos. A gravidade mantém tudo no seu lugar.

As crianças ficaram em silêncio por um momento, pensativas, e então começaram a conversar entre si, maravilhadas com a ideia de que a gravidade estava sempre lá, nos ajudando a ficar seguros no chão.

A professora Rita então completou:

— E sabe o que é mais interessante? Essa mesma gravidade mantém a água nos oceanos, as árvores de pé, os rios fluindo… tudo no lugar certo, no planeta que chamamos de casa.

Pedro, agora com um grande sorriso, parecia ter entendido. Ele olhou para o céu e, com os olhos brilhando, disse:

— Uau, então a gente está sendo “abraçado” o tempo todo pela Terra! Que incrível!

A professora Rita sorriu e concordou.

— Isso mesmo, Pedro. E tudo isso acontece porque a Terra, com sua forma redonda e a força da gravidade, mantém o equilíbrio de tudo. O universo é um lugar cheio de maravilhas, e quanto mais aprendemos, mais percebemos como somos parte de algo muito maior e muito bonito.

E assim, naquele dia, Pedro e seus amigos aprenderam, de forma simples e divertida, o porquê de não caírem da Terra, enquanto continuavam a explorar as maravilhas do nosso planeta.

Moral da história: O mundo é cheio de mistérios, mas com curiosidade e aprendizado, conseguimos entender como tudo funciona, e percebemos que estamos conectados a um grande e maravilhoso equilíbrio!

João Guató

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